segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Novembro, Dezembro, 2014... what more?



"Na Itália, quando soarem os sinos à meia-noite, todo mundo atirará pelas janelas as panelas velhas e os vasos rachados".

Ótimo! O meu ímpeto, modesto mas sincero, foi atirar-me eu próprio pela janela, tendo apenas no bolso, à guisa de explicação para as autoridades, um recorte do referido despacho. Mas seria levar muito longe uma simples metáfora, aliás praticamente irrealizável, porque resido num andar térreo. E, por outro lado, metáforas a gente não faz para a Polícia, que só quer saber de coisas concretas. Metáforas são para aproveitar em versos...
Atirei-me, pois, metaforicamente, pela janela do tricentésimo-sexagésimo-quinto andar do ano passado.
Morri? Não. Ressuscitei. Que isto da passagem de um ano para outro é um corriqueiro fenômeno de morte e ressurreição - morte do ano velho e sua ressurreição como ano novo, morte da nossa vida velha para uma vida nova.

(Mário Quintana)


- Acho justo as palavras de Quintana, mas a minha nova vida é cheia de pessoas velhas. Levo comigo os pedaços que fiz de mim mesma.



- Não pendure a meia velha no quintal, 
não dê os setes pulinhos nas ondas no mar.
 Não cante o ano novo se o coração vai continuar a ser o mesmo.






Vez em quando da saudade.

O fim não é aqui.

Eu fiquei tempo demais aqui.  Tentando explicar, tentando entender... Escrevi poemas, mais de cem...  Estou mudando, deixando pra...