quarta-feira, 7 de julho de 2010

O Remédio que me dâ Alegria!

Musica, mas não qualquer musica. Ele conseguiu fazer das rimas facéis, poemas inesqueciveis, todos com histórias, todos bons, com sentido provocante e apaixonante!
Voltei cedo, voltei hoje, porque faz 20 anos que o herói partiu, sem overdose, sem morrer. Só partiu, porque isso também faz parte do Show;...


Não tem uma que não seja boa, nunca consegui rotular como mais ou menos, nenhuma que eu não gostasse de um verso que fosse. E eu me sujeitaria a tudo, furaria o dedo, faria um pacto, um segundo; Um segundo mais feliz. A poesia que a gente nem vive, mas que pode transformar o tédio em melodia!
20 anos, e pudera eu ter nascido 10 anos mais cedo, pra quem sabe poder sonhar em ver um show, uma musica, uma vez se quer, ou inventar desculpas, provocar uma briga, viver num clip sem nexo, uma ideologia.
Ele me ensinou que é gritando que se aprende a cantar sem pudor, e que cantando a gente espanta os demonios. Por isso acho que apesar de cedo, ele soube viver, tudo no tempo certo.
Perdeu um amor, e a musica dele nunca mais tocou, culpa do beija-flor.
Varias namoradas, uma do bilhetinho azul, que fugiu pra Bahia pra viver, ou tentar. Teve a outra que ele ia pro bar pra ver ela passar, enchendo-o de esperança, a tal do ponto fraco.

Ai, aprendeu que as coisas são simples e cabem num cartão postal, porque se alguém parte é porque outro vai chegar, e sempre fez com que as coisas terminasem como um som do Tim Maia, sem grilhos.
Sempre sorrindo, sempre vivendo, era feliz e trazia a prova nos olhos molhados.
Jurou amor e foi taxado de exagerado, e antes não fosse, pois até prometeu limpar todos os trilhos do metrô.
Como todo mundo, ele também sabia que a cor do céu era azul, mas sempre quis saber mesmo qual era a cor do amor.
 Cantou Brasil, Ipanema, leblon, Balada de um vagabundo, até um blues de iniciante.
Era o seu lema: O tempo não para. Ele sabia disso mais do que ninguém, mas era forte e por acaso, não tinha um unico vicio, era a pule premiada no jogo do bixo.
Fez a bete balançar, deu as boas vindas, inventou camila, e serviu champagne e gentileza.

Escondia verdades sim, mas era para proteger as pessoas da solidão. Como eu disse, tudo parte do show!
Era tudo meio bossa nova e rock n'roll, tudo azul, completamente blue!
Nada, perto do que foi e ainda é!


CAZUZA!

O fim não é aqui.

Eu fiquei tempo demais aqui.  Tentando explicar, tentando entender... Escrevi poemas, mais de cem...  Estou mudando, deixando pra...